“O que interessa é sentir o fado. Porque o fado não se canta, acontece. O fado sente-se, não se compreende, nem se explica.” Amália Rodrigues

A história do Fado cristalizou-se num mito, da comunidade de espaços recreativos entre a aristocracia boémia e as franjas mais desfavorecidas da população lisboeta, com o episódio do caso amoroso do Conde de Vimioso e Maria Severa Onofriana, meretriz consagrada pelos seus dotes de cantadeira e que se transformará num dos grandes mitos da História do Fado, referencial agregador da comunidade fadista.
 
Em sucessivas reproduções de imagem e som, a interação entre o aristocrata boémio e Maria Severa, permeia muitos poemas cantantes e até no cinema, no teatro ou nas artes visuais, a começar pelo romance “A Severa de Júlio”. Dantas, foi publicado em 1901 e transferido para o grande ecrã em 1931, naquele que seria o primeiro filme sonoro português realizado por Leitão de Barros.
 
A novela de Júlio Dantas, conta a história de Maria Severa Onofriana, a prostituta de raízes ciganas a quem a história dá a autoria desta ter sido a primeira fadista e de ter “criado” o Fado, tal como ele se conhece atualmente. Contudo, Maria Severa não inventou o Fado propriamente dito, assim como não foi a primeira a cantá-lo, antes dela o “Fado” era cantado por faiais, rufiões de voz áspera e roufenha, recorrendo à gíria e ao calão, que enchiam as tabernas e tascas das vielas do Bairro Alto, da Mouraria e de Alfama, em Lisboa. Se não fosse por Maria Severa Onofriana, o Fado nunca teria passado disso. Foi ela, que pegou numa guitarra e começou a cantar e tocar o Fado à sua maneira, dando-lhe a forma e ritmo que hoje apresenta. Foi também ela que lhe proporcionou a popularidade que o Fado alcançou, sendo a autora e compositora de vários fados que cantava, bem como definiu a imagem de “cantadeira” de Fado com o xaile à cintura ou aos ombros. A voz de Maria Severa Onofriana preencheu muitas noites de tertúlias bairristas, o que fez com que esta ganha-se fama pela sua voz, a sua notoriedade estendeu-se muito além dos bares e tabernas e isso deve-se muito à época em que viveu e ela própria ajudou a caracterizar.
 
A Casa de Fados A Severa inaugurada em 1955, pelo casal Júlio e Maria José, é uma parte ativa da história do Fado, sendo importante para a promoção da cultura tradicional portuguesa, onde começaram e passaram alguns dos maiores nomes do Fado. A Severa é o palco para muitos artistas locais bem como para novos talentos, oferecendo-lhes a oportunidade de compartilhar o melhor que sabem fazer com um público ávido por descobrir e apreciar a sua música que, com a sua voz e alma, criam um ambiente íntimo e partilham a sua paixão por esta arte. Para além das atuações musicais, A Severa oferece aos amantes da música um ambiente de encontro animado e inspirador. O espaço está decorado de forma a criar um ambiente convidativo e autêntico com elementos que homenageiam os grandes nomes da música e nos remetem para a história da música portuguesa. Severa é um verdadeiro ponto de encontro dos amantes da música portuguesa em Lisboa. Com performances envolventes, cativa os corações e as mentes dos apaixonados pela música. Se pretende explorar a rica cultura de Portugal, não deixe de visitar este tesouro cultural, onde a música se torna uma linguagem universal que une as pessoas e move a alma.
 
Casas de Fado como A Severa valorizam a oferta turística do país e milhares de pessoas querem sentir o que é o Fado.
 

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